sábado, 10 de dezembro de 2016

Como conviver com outra pessoa?


Como conviver com outra pessoa? Como ser quem eu sou e me relacionar com outra pessoa, permitindo que ela seja como é, e sendo como sou?

Ser quem somos envolve perceber a nós mesmos, o que sentimos e valorizar nossas singularidades, indo em busca de nossos reais desejos e necessidades, seguindo nosso caminho e respeitando nossas condições em cada momento.

Conviver com outra pessoa implica em respeitá-la como ela é, e propor que ela nos respeite como somos. Essa é uma condição básica para que possamos estabelecer uma relação saudável com outra pessoa.

Todo relacionamento oferece momentos agradáveis e também gera conflitos, portanto é importante comunicar ao outro nossos sentimentos na relação, o que nos faz sentir bem e o que nos faz sentir mal, para que o outro tenha claro como sua maneira de ser nos afeta na relação.

Aprendemos culturalmente a estabelecer relações de autoridade ou submissão na convivência com as pessoas. Porém, quando tentamos obrigar a outra pessoa ser como queremos que ela seja, ou se nos submetemos às expectativas de outra pessoa, não nos permitimos ser quem somos ou impossibilitamos ao outro ser quem ele é, criando prisões existenciais.

Se as pessoas não se permitem dialogar o que sentem para compreender um ao outro, dificilmente será possível estabelecer uma relação saudável com respeito mútuo.

A maneira como nos relacionamos com outra pessoa depende da maneira como a pessoa é, de como nós somos, e também de como reagimos ao modo como cada um se mostra na relação.

O relacionamento entre duas pessoas é uma relação entre duas singularidades, onde ambas escolhem, fazem e refazem seus modos de ser em conjunto. Quando não estamos satisfeitos com a relação, podemos mudar o modo está e propor novas maneiras de ser com o outro.

Para respeitar o outro, é preciso compreender como ele se sente respeitado na relação, e para sermos respeitados precisamos comunicar ao outro o que para nós é respeito. Uma relação respeitosa se dispõe ao difícil exercício de considerar os dois lados. Para que isso aconteça é importante que cada parte esteja aberta para escutar a outra.

Dialogar na relação é algo permanente, e isso não quer dizer que o relacionamento será harmonioso. Por vezes vamos nos sentir respeitados, outras não, e o que faremos com isso vai depender de como lidamos com as diferenças na relação.

Cada pessoa tem seu valor justamente por ser como é, e não como não é. Quando permitimos nossa originalidade de ser, nos mostramos como somos e exercemos nosso direito de ser.


Autor: Bruno Carrasco
Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial que valoriza cada pessoa em seu modo de ser singular, promovendo o autoconhecimento e autonomia para lidar com as dificuldades que atravessa, ampliando as possibilidades de ser e escolher sua vida.

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