sábado, 25 de junho de 2016

O que é ser normal?


As pessoas se diferenciam pelo modo como cada uma vive sua vida. A normalidade é muitas vezes associada a um padrão tido por um grupo de pessoas como correto ou adequado.

O que é normal varia de acordo com a cultura, com o espaço e com o tempo em que estamos. O louco ou anormal é visto como aquele que não se encaixa nos padrões comuns de um grupo de pessoas, que envolve maneiras de ser, de se comportar, de se vestir, de comunicar e de agir em diversas situações.

Cada indivíduo se guia por modos de ser de acordo com sua relação com os grupos convive, a cultura onde está inserido, família, escola, vizinhos, trabalho, etc. Com o passar do tempo desenvolve seus gostos e características pessoais na relação com os outros.

Nossos valores são um reflexo do que escolhemos, o que para nós é certo ou errado, bom ou ruim, o que acreditamos que deve ser feito ou não. Como cada pessoa é uma, há diferentes maneiras de ser e distintas concepções do que é certo ou errado, bom ou mal. Cada um se guia por suas referências pessoais, que aprendeu ou desenvolveu em sua vida.

Por muito tempo, a ideia de normalidade esteve ligada a moralidade, a um modo de ser correto e adequado socialmente. Para que a pessoa fosse tida como normal, teria de se mostrar e agir de uma maneira específica, tida por adequada para um grupo social. A pessoa que não correspondia com esses modos era interpretada como louca, anormal, errada ou problemática.

O conceito de normalidade que aprendemos culturalmente corresponde muitas vezes a um estilo de vida limitador, onde grande parte das pessoas vivem de aparências, fingindo ser o que não são e julgando os outros que são diferentes como errados, simplesmente por não serem como elas.

Ainda hoje, muitas pessoas pensam dessa maneira, acreditam que quem não vive igual a um padrão, ou que escolhe coisas diferentes é errado ou problemático. Essa interpretação é intolerante e discriminadora com o diferente, por não reconhecer que as pessoas podem ser e viver de outra maneira.

Viver correspondendo a um padrão não é sinônimo de saúde. Pelo contrário, muitas pessoas sofrem por tentarem se ajustar a uma norma para serem bem vistas e acabam se obrigando a fazer o que não se sentem bem, tornando-se o que não são, se anulando e gerando sofrimento emocional.

O normal para uma pessoa pode não ser para outra, isso depende dos valores de cada um. Não há o que se preocupar em ser normal ou não, o mais importante é ir de encontro com o que se sente bem, independente de rótulos ou expectativas alheias.

"A normalidade é tão-somente uma questão de estatística."
(Aldous Huxley)



Autor: Bruno Carrasco
Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial que valoriza cada pessoa em seu modo de ser singular, promovendo o autoconhecimento e autonomia para lidar com as dificuldades que atravessa, ampliando as possibilidades de ser e escolher sua vida.

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