quarta-feira, 15 de junho de 2016

O que é o existencialismo?


O existencialismo tem como intuito compreender a existência humana, com questões do tipo: o que é existir? Quais as condições que envolvem o existir humano?

A palavra existir vem do latim exsistĕre, que significa ser, estar, nascer, manifestar-se, aparecer, emergir. Expressa a ideia de se colocar no mundo, expressar seu modo de ser e assumir aquilo que se é.

A reflexão sobre a existência gera questionamentos desde a Grécia Antiga. Porém essas questões se desenvolveram mais intensamente durante os séculos XIX e XX, tendo como representantes os filósofos Kierkegaard, Schopenhauer, Nietzsche, Merleau-Ponty, Sartre, Heidegger, e os escritores Dostoiévsky, Tolstói, Oscar Wilde, Hermann Hesse, Fernando Pessoa, entre outros. Cada um deles desenvolveu suas próprias reflexões sobre a existência humana.

O existencialismo questiona e contraria concepções filosóficas que estão fortemente enraizadas em nossa cultura ocidental, entre elas o racionalismo, que supervaloriza a razão em detrimento da emoção e a metafísica, que foca seu estudo em conceitos abstratos sobre o que é captado pelos sentidos, classificando, categorizando e generalizando.

O racionalismo se inicia com a famosa “Teoria das Ideias” de Platão, onde ele compreende que existem dois mundos: o mundo sensível, que é onde vivemos e sentimos, e o mundo ideal, que é onde estão as essências e as verdades das coisas, que somente temos acesso somente meio da razão.

A razão, segundo Platão, é o meio para se alcançar a verdade, para chegar até as ideias verdadeiras, que estão fora do mundo sensível. O racionalismo acredita que os sentidos são falsos e o único meio para se alcançar as verdades é a razão.

O filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855) percebeu que a existência humana é muito mais complexa que teorias e abstrações sobre ela, acreditando ser impossível um sistema racional explicar e dar conta da totalidade do ser humano.

Segundo ele, o ser humano é muito mais do que qualquer teoria, e não há como classificar uma pessoa em sistemas explicativos, pois eles acabam a reduzir sua descrição. Classificar é rotular, isso desconsidera a singularidade de cada ser, como escreveu Kierkegaard, "quando você me rotula, você me nega".

O significado da existência não está em teorias e abstrações sobre ela, mas na própria existência.

O existencialismo, portanto, é um conjunto de reflexões filosóficas e literárias sobre a existência humana, em seu aspecto concreto e singular. Concreto, no sentido de se opor a teorias abstratas e idealizações, e singular por valorizar a pessoa em seu modo de ser particular. Seus principais valores são a liberdade de escolha, o reconhecimento das emoções e o respeito às diferenças.

A liberdade de escolhas refere-se ao fato de que todos somos livres para fazer escolhas a todo momento, e o respeito às diferenças é a compreensão da liberdade do outro em fazer suas próprias escolhas.

Enquanto reflexão filosófica, não pretende compreender o ser humano de modo a classificar a pessoa, procurando o que há de igual entre umas e outras, mas entender cada ser em sua singularidade, valorizando suas diferenças.

Um dos princípios do existencialismo pode ser resumido na frase de Jean-Paul Sartre ”a existência precede a essência”, ou seja, a pessoa primeiramente existe, faz escolhas, para somente depois construir a sua essência.

Essa concepção contraria a ideia de essência como algo que vem antes do ser. Para o existencialismo, a existência vem antes da essência, pois é construída por meio das escolhas que cada um faz em sua vida. Não existe uma essência que vai definir previamente o que cada pessoa vai se tornar, somos livres para fazer escolhas e nos tornaremos o reflexo das escolhas que fizermos.

Para entender isso fica mais fácil diferenciando o ser humano dos objetos. As coisas são feitas para um fim, elas possuem uma essência, ou seja, um celular é fabricado pensando em qual será sua função. Já o ser humano não, ele surge no mundo e escolhe o que vai fazer de sua vida por meio de suas experiências. Não há como saber o que cada pessoa irá se tornar antes dela existir.

Além disso, nós não somos algo pronto, estático, estamos sempre em transformação. Somos resultado das condições que estamos inseridos, mas também escolhemos nossa vida. Somos seres relacionais, estamos nos relacionando com outras pessoas, objetos e espaços a todo momento.

Cada pesso

O existencialismo tem como intuito compreender a existência humana, com questões do tipo: o que é existir? Quais as condições que envolvem o existir humano?

A palavra existir vem do latim exsistĕre, que significa ser, estar, nascer, manifestar-se, aparecer, emergir. Expressa a ideia de se colocar no mundo, expressar seu modo de ser e assumir aquilo que se é.

A reflexão sobre a existência gera questionamentos desde a Grécia Antiga. Porém essas questões se desenvolveram mais intensamente durante os séculos XIX e XX, tendo como representantes os filósofos Kierkegaard, Schopenhauer, Nietzsche, Merleau-Ponty, Sartre, Heidegger, e os escritores Dostoiévsky, Tolstói, Oscar Wilde, Hermann Hesse, Fernando Pessoa, entre outros. Cada um deles desenvolveu suas próprias reflexões sobre a existência humana.

O existencialismo questiona e contraria concepções filosóficas que estão fortemente enraizadas em nossa cultura ocidental, entre elas o racionalismo, que supervaloriza a razão em detrimento da emoção e a metafísica, que foca seu estudo em conceitos abstratos sobre o que é captado pelos sentidos, classificando, categorizando e generalizando.

O racionalismo se inicia com a famosa “Teoria das Ideias” de Platão, onde ele compreende que existem dois mundos: o mundo sensível, que é onde vivemos e sentimos, e o mundo ideal, que é onde estão as essências e as verdades das coisas, que somente temos acesso somente meio da razão.

A razão, segundo Platão, é o meio para se alcançar a verdade, para chegar até as ideias verdadeiras, que estão fora do mundo sensível. O racionalismo acredita que os sentidos são falsos e o único meio para se alcançar as verdades é a razão.

O filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855) percebeu que a existência humana é muito mais complexa que teorias e abstrações sobre ela, acreditando ser impossível um sistema racional explicar e dar conta da totalidade do ser humano.

Segundo ele, o ser humano é muito mais do que qualquer teoria, e não há como classificar uma pessoa em sistemas explicativos, pois eles acabam a reduzir sua descrição. Classificar é rotular, isso desconsidera a singularidade de cada ser, como escreveu Kierkegaard, "quando você me rotula, você me nega".

O significado da existência não está em teorias e abstrações sobre ela, mas na própria existência.

O existencialismo, portanto, é um conjunto de reflexões filosóficas e literárias sobre a existência humana, em seu aspecto concreto e singular. Concreto, no sentido de se opor a teorias abstratas e idealizações, e singular por valorizar a pessoa em seu modo de ser particular. Seus principais valores são a liberdade de escolha, o reconhecimento das emoções e o respeito às diferenças.

A liberdade de escolhas refere-se ao fato de que todos somos livres para fazer escolhas a todo momento, e o respeito às diferenças é a compreensão da liberdade do outro em fazer suas próprias escolhas.

Enquanto reflexão filosófica, não pretende compreender o ser humano de modo a classificar a pessoa, procurando o que há de igual entre umas e outras, mas entender cada ser em sua singularidade, valorizando suas diferenças.

Um dos princípios do existencialismo pode ser resumido na frase de Jean-Paul Sartre ”a existência precede a essência”, ou seja, a pessoa primeiramente existe, faz escolhas, para somente depois construir a sua essência.

Essa concepção contraria a ideia de essência como algo que vem antes do ser. Para o existencialismo, a existência vem antes da essência, pois é construída por meio das escolhas que cada um faz em sua vida. Não existe uma essência que vai definir previamente o que cada pessoa vai se tornar, somos livres para fazer escolhas e nos tornaremos o reflexo das escolhas que fizermos.

Para entender isso fica mais fácil diferenciando o ser humano dos objetos. As coisas são feitas para um fim, elas possuem uma essência, ou seja, um celular é fabricado pensando em qual será sua função. Já o ser humano não, ele surge no mundo e escolhe o que vai fazer de sua vida por meio de suas experiências. Não há como saber o que cada pessoa irá se tornar antes dela existir.

Além disso, nós não somos algo pronto, estático, estamos sempre em transformação. Somos resultado das condições que estamos inseridos, mas também escolhemos nossa vida. Somos seres relacionais, estamos nos relacionando com outras pessoas, objetos e espaços a todo momento.

Cada pessoa se constrói por meio das relações que estabelece com as outras, não como um ajuste (no sentido de “adaptação ao meio”), nem como uma fatalidade (no sentido de “eu nasci assim e serei sempre assim”), mas como uma inter relação.

O fato de estarmos em relação implica, inevitavelmente, em lidar com contradições e conflitos. Experimentamos diversas contradições diariamente, entre elas ser quem eu sou e tentar ser quem desejo ser, ser quem desejo ser e conviver com pessoas que não querem que eu seja como desejo ser. Estamos sempre entre o que já fomos e o que desejamos ser.

Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e estamos no mundo para nos inventar. Somos resultado e criadores de nossos modos de ser. Quando fazemos escolhas deixamos para trás algumas possibilidades, mas também encontramos e criamos novas possibilidades.

Os modos de ser, o que valorizamos e o que desprezamos, não estão aí para serem seguidos como uma regra, somos nós que escolhemos seguir. Do mesmo modo, podemos também não seguir, e podemos também criar. Não estamos no mundo para nos ajustar a ele, escolhemos o que valorizamos em nossa existência.

Cada escolha que fazemos nos leva a um caminho e nos traz novas possibilidades de ser, de nos relacionar com os outros e com o mundo. Não há como saber a consequência de cada escolha antes de fazê-la. Existir é arriscado e inseguro. Nosso futuro é incerto, e por mais que a gente se previna, não há como saber como será.

Escolher a todo instante é angustiante, pois cada escolha que fizermos vai refletir no que vamos nos tornar. Estamos sempre nos construindo e nos reconstruindo, ajustando nossos projetos de ser com as condições e circunstâncias onde estamos inseridos.

E por mais que nosso projeto de vida não esteja tão claro para nós mesmos, por mais que seja algo que outra pessoa nos sugeriu ou induziu a fazer, a escolha de fazer é sempre nossa.

O existencialismo é uma filosofia de ação, que coloca cada pessoa como responsável por se fazer a si mesma, que reflete sobre temas existenciais como: a liberdade, as incertezas, a angústia, a finitude, a morte, a solidão, o sentido da vida, os limites, a transcendência, entre outros.
a se constrói por meio das relações que estabelece com as outras, não como um ajuste (no sentido de “adaptação ao meio”), nem como uma fatalidade (no sentido de “eu nasci assim e serei sempre assim”), mas como uma inter relação.

O fato de estarmos em relação implica, inevitavelmente, em lidar com contradições e conflitos. Experimentamos diversas contradições diariamente, entre elas ser quem eu sou e tentar ser quem desejo ser, ser quem desejo ser e conviver com pessoas que não querem que eu seja como desejo ser. Estamos sempre entre o que já fomos e o que desejamos ser.

Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e estamos no mundo para nos inventar. Somos resultado e criadores de nossos modos de ser. Quando fazemos escolhas deixamos para trás algumas possibilidades, mas também encontramos e criamos novas possibilidades.

Os modos de ser, o que valorizamos e o que desprezamos, não estão aí para serem seguidos como uma regra, somos nós que escolhemos seguir. Do mesmo modo, podemos também não seguir, e podemos também criar. Não estamos no mundo para nos ajustar a ele, escolhemos o que valorizamos em nossa existência.

Cada escolha que fazemos nos leva a um caminho e nos traz novas possibilidades de ser, de nos relacionar com os outros e com o mundo. Não há como saber a consequência de cada escolha antes de fazê-la. Existir é arriscado e inseguro. Nosso futuro é incerto, e por mais que a gente se previna, não há como saber como será.

Escolher a todo instante é angustiante, pois cada escolha que fizermos vai refletir no que vamos nos tornar. Estamos sempre nos construindo e nos reconstruindo, ajustando nossos projetos de ser com as condições e circunstâncias onde estamos inseridos.

E por mais que nosso projeto de vida não esteja tão claro para nós mesmos, por mais que seja algo que outra pessoa nos sugeriu ou induziu a fazer, a escolha de fazer é sempre nossa.

O existencialismo é uma filosofia de ação, que coloca cada pessoa como responsável por se fazer a si mesma, que reflete sobre temas existenciais como: a liberdade, as incertezas, a angústia, a finitude, a morte, a solidão, o sentido da vida, os limites, a transcendência, entre outros.


Autor: Bruno Carrasco
Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial que valoriza cada pessoa em seu modo de ser singular, promovendo o autoconhecimento e autonomia para lidar com as dificuldades que atravessa, ampliando as possibilidades de ser e escolher sua vida.

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